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Esportes

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Brasileirão 2011

 

Inspirado, São Paulo vence o Grêmio, quebra recorde e dispara na liderança

 

Três gols, diversas chances perdidas, belas jogadas e aplausos de sobra no Morumbi. Em sua melhor atuação no Campeonato Brasileiro, o São Paulo venceu por 3 a 1 um irregular Grêmio - que só resolveu jogar no segundo tempo - e disparou na liderança do Campeonato Brasileiro. De quebra, viu jogadores que vinham sendo muito criticados pela torcida marcarem gols, como Jean e Marlos, e ainda chegou pela primeira vez na história do nacional a quatro vitórias consecutivas nas rodadas iniciais. 

Com o segundo triunfo em casa, a equipe de Paulo César Carpegiani manteve os 100% de aproveitamento e foi aos 12 pontos na tabela de classificação. Já o Grêmio, que sofreu a sua segunda derrota, estacionou nos seis pontos e caiu para a sétima colocação. As duas equipes voltarão a campo no próximo fim de semana. O time paulista irá no domingo a Fortaleza para enfrentar o Ceará. Já os gaúchos buscarão a reabilitação no estádio Olímpico contra o Vasco, no mesmo dia.

Os primeiros 45 minutos revelaram duas equipes completamente divergentes. De um lado o São Paulo, que fez o que quis em campo, e do outro o Grêmio, que só assistiu ao rival jogar. Carpegiani, diferentemente do que havia anunciado na sexta, sacou um volante (Carlinhos Paraíba) para colocar Marlos. Na equipe gaúcha, Renato Gaúcho resolveu congestionar o meio-campo com cinco homens, deixando Júnior Viçosa isolado na frente.

O Tricolor começou a todo vapor. No 4-3-2-1, Carpegiani colocou Rodrigo Souto atuando fixo à frente dos zagueiros e fez um triângulo com Wellington pela direita e Casemiro pela esquerda. À frente, Lucas atuava aberto pela direita, Marlos pela esquerda, com Dagoberto, mais à frente, como peça mais centralizada. Com pegada na marcação, onde Wellington deu show, e velocidade na saída pelo ataque, o São Paulo encurralou o rival, que mal conseguia passar do meio-campo. A superioridade se refletiu aos 13, quando Casemiro arriscou de fora da área, a bola desviou em Fábio Rochemback e enganou Vítor: 1 a 0.

O time da casa seguiu soberano. Pela direita, Lucas fazia o que queria. O esquema montado por Renato Gaúcho no Grêmio claramente não deu certo. Ele pôs Mário Fernandes parado na lateral direita e Neuton na esquerda, montando a segunda linha com dois laterais abertos (Gabriel e Lúcio). Douglas tentou se situar entre Rodrigo Souto e os zagueiros do São Paulo e não foi visto em campo. Com isso, Júnior Viçosa praticamente não pegou na bola.

Com posse de bola absoluta, o Tricolor criou outras oportunidades, mas pecou nas finalizações. As melhores foram aos 33, com Dagoberto, em chute rasteiro cruzado que raspou a trave direita de Victor e aos 37, com Marlos, que passou como quis pelo marcador, invadiu a área e chutou por cima do gol. O Grêmio chegou ao gol de Rogério Ceni uma única vez, em cobrança de falta de Douglas, aos 32, que foi por cima da meta são-paulina.

Emoção no segundo tempo e gol de Marlos

Irritado com a apatia de sua equipe, Renato Gaúcho mexeu no intervalo, sacando Neuton e colocando o atacante Lins aberto pela esquerda. Se no primeiro tempo o Grêmio viu o São Paulo jogar, na etapa complementar a partida ficou equilibrada, já que o time gaúcho adiantou seu meio-campo. O time paulista assustou primeiro aos cinco minutos, com Dagoberto, que exigiu boa defesa de Victor. A resposta gremista foi imediata: aos oito, Fábio Rochemback cobrou falta, e Casemiro, de cabeça, testou contra o patrimônio: gol contra e 1 a 1 no placar. 

O São Paulo voltou a tomar a iniciativa em busca do segundo gol, enquanto o Grêmio tinha mais espaço no contra-ataque. Aos 11, Marlos avançou pela esquerda e só não marcou porque Victor fez grande defesa. Dois minutos depois, festa no Morumbi com o gol de Marlos, que recebeu passe açucarado de Lucas e bateu forte. Victor não conseguiu defender.

O Grêmio foi com tudo em busca do empate e passou a deixar o contra-ataque para o São Paulo. Aos 25, Rogério Ceni fez milagre em falta de Fábio Rochemback. Dois minutos depois, Renato Gaúcho partiu para o tudo ou nada com as entradas de Marquinhos na vaga de Gabriel e Roberson no lugar de Júnior Viçosa. Carpegiani respondeu com a mudança do esquema para o 3-5-2 com as entrada de Bruno Uvini e Ilsinho para as saídas de Juan e Marlos. O meia saiu aplaudido de campo.

As mudanças fizeram bem ao São Paulo, que voltou a ter o controle da partida. Aos 36, Dagoberto perdeu um gol inacreditável. Três minutos depois, no entanto, saiu o terceiro: Dagoberto compensou a falha no lance anterior com uma assistência perfeita para Jean que, impedido, driblou Vítor e bateu para o gol vazio. Jogo definido para uma atuação de um time que foi soberano em campo.

 

 

Vasco

Em dia de festa na Colina, Figueira frustra os vascaínos: 1 a 1

 

O sábado que começou com festa terminou com uma pontinha de frustração para o Vasco. Depois de apresentar Juninho aos torcedores em São Januário e fazer a entrega de faixas do título da Copa do Brasil, os cruz-maltinos viram o Figueirense conseguir o empate por 1 a 1 no finzinho da partida. Os donos da casa entraram em campo com cinco titulares que estiveram na final no Couto Pereira. Elton, um dos seis reservas, marcou o gol depois de lindo passe de Eder Luis, mais uma vez o destaque do time. Aloísio igualou para os catarinenses.

Com o empate, o Vasco está em quinto lugar com sete pontos. O Figueira está com a mesma pontuação, mas em terceiro lugar. Os cariocas voltam a campo no próximo domingo, às 16h (de Brasília), no estádio Olímpico, para enfrentar o Grêmio. Os catarinenses, no mesmo horário, recebem o Atlético-PR no Orlando Scarpelli.

Antes de a bola rolar, a festa iniciada com a apresentação de Juninho continuou com um grande foguetório e a entrega das faixas de campeão da Copa do Brasil. Como a comemoração e o desgaste foram grandes nos últimos dias, o técnico Ricardo Gomes escalou um time misto. Apesar do desentrosamento, o time do Vasco repetiu no campo o entusiasmo da arquibancada e foi para cima do Figueirense.

Apesar de a equipe cruz-maltina estar bastante modificada, um dos pontos fortes continuava o mesmo, a presença de Eder Luis pelas pontas. Aos 17 minutos, o camisa 7 recebeu em velocidade pela esquerda e deu ótimo passe para Elton, que bateu cruzado e abriu o placar: 1 a 0. Em desvantagem, o Figueira tentou se lançar ao ataque. Mas tinha muita dificuldade de penetrar na área.

Ricardo Gomes ainda perdeu Jumar, que se sentiu mal e deixou o campo, sendo substituído por Diego Rosa. Mas quem compensava os problemas em campo era Eder Luis. Por duas vezes ele esteve perto de marcar. Primeiro, em um chute cruzado que passou rente à trave. Depois, aproveitou cruzamento de Fagner e mandou de cabeça por cima do gol. A melhor chance do Figueira aconteceu já perto do fim do primeiro tempo, quando Ygor aproveitou um escanteio com uma cabeçada, e a bola passou muito perto da trave.

Aloísio empata aos 44 minutos

Na volta do vestiário, o Figueirense voltou com duas substituições para tentar mudar o panorama do jogo. Túlio e Coutinho saíram para as entradas de Héber e Joílson. O ritmo da partida, no entanto, caiu. Na frente do placar, o Vasco ficou mais fechado à espera dos contra-ataques. Os catarinenses bem que tentavam, mas a falta de criatividade no meio de campo prejudicava.

Apesar de o volume de jogo do Figueira ter melhorado, as melhores chances eram do Vasco. Elton, por exemplo, quase ampliou após uma cabeçada que Wilson defendeu. Em outra oportunidade, Bernardo entrou na área em boas condições de finalizar e demorou demais. Permitiu a recuperação da defesa, que salvou.

Depois da saída de Jumar, Ricardo Gomes teve outra notícia ruim. Romulo sentiu dores no tornozelo e precisou deixar o campo. Leandro foi o escolhido para entrar em seu lugar. Quando todos pensavam que o jogo já estava definido, o Figueirense conseguiu marcar já perto do fim, aos 44, com o atacante Aloísio. Ele aproveitou passe de Pitonni, a bobeira de Fernando e tocou na saída de Prass: 1 a 1. Já não havia mais tempo para nada e o placar terminou desta forma.

 

Cruzeiro

De verde, Cruzeiro vê reservas do Santos empatarem no fim: 1 a 1

 

O Cruzeiro viu a sua crise de maus resultados aumentar neste sábado ao empatar com os reservas do Santos por 1 a 1, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, mesmo com um jogador a mais no segundo tempo. O time mineiro vencia até os 44 minutos do segundo tempo, quando viu Borges deixar tudo igual (veja os gols no vídeo ao lado). Com o resultado, a equipe de Cuca chega ao quarto jogo do Campeonato Brasileiro sem vencer. Foram, até agora, dois empates e duas derrotas.

E o empate com gosto de derrota aconteceu justamente no dia em que o Cruzeiro estreou o seu novo terceiro uniforme, verde em homenagem ao antigo Palestra Itália, primeiro nome do Cruzeiro. Com o resultado, os mineiros têm apenas dois pontos na competição. O Santos vai a cinco.

Na próxima rodada, o Cruzeiro enfrenta o América-MG, sábado, em Sete Lagoas. O Peixe, com os dois próximos jogos adiados em função da decisão da Libertadores, só volta a campo pelo Brasileiro no dia 25, contra o América-MG.

O primeiro tempo foi marcado por muita movimentação e troca de passes do Cruzeiro, enquanto o Santos jogava muito fechado, esperando os melhores momentos para partir no contra-ataque. O duelo de duas equipes leves teve muita velocidade, mas faltaram jogadores para pensar lances com mais tranquilidade. Um deles era Montillo, que esteve apagado na primeira etapa e não conseguia ver as suas jogadas surtirem efeito diante de um adversário jogando num grande ferrolho.

Anselmo Ramon não conseguia dominar as bolas, enquanto Wallyson tentava cair pelas pontas para criar as chances. Aos poucos, o goleiro Aranha, do Santos, começou a trabalhar e espalmar vários chutes, de Montillo, Wallyson e, principalmente, do volante Fabrício, que aparecia bem e arriscava sempre de longe. No Santos, faltava mais experiência. Isolado no ataque, Borges não recebia as bolas em boa condição. A prova de que o time mineiro buscou mais o jogo no primeiro tempo foi o número de escanteios: 12 a 2.

Cruzeiro joga com um a mais durante quase todo segundo tempo

A equipe comandada por Cuca voltou bem melhor para o segundo tempo. E, logo no início, a torcida celeste vibrou depois que Vinicius, do Santos, deu entrada mais forte em Anselmo Ramon e foi expulso. Com um a mais em campo, foi questão de tempo para o Cruzeiro abrir o placar. Para organizar a defesa após o cartão vermelho, Muricy Ramalho colocou Walace na vaga de Thiago Alves. Ainda frio, Walace derrubou Anselmo Ramon na área, e a arbitragem marcou pênalti corretamente. Na cobrança, Montillo não deu chance a Aranha: 1 a 0.

Dudu entrou muito bem na vaga de Vítor e melhorou a agressividade ofensiva do Cruzeiro. O Santos, por sua vez, recuou ainda mais, apresentando muitas dificuldades para passar do meio de campo. Wallyson quase ampliou, mas Aranha apareceu bem mais uma vez.

O Santos reclamou de um gol anulado de Borges aos 36. O assistente Roberto Braatz marcou impedimento em lance polêmico. Mas o Cruzeiro era melhor e Montillo carimbou a trave logo depois.

A maré de falta de sorte do Cruzeiro, no entanto, é grande. Tanto que, aos 44 minutos, uma bola cruzada para a área terminou com o desvio de Borges, que tocou de cabeça para deixar tudo igual: 1 a 1. Um castigo para a equipe de Cuca e um prêmio para o time de Muricy, que, por enquanto, só pensa na Libertadores.